Château d'Issan Margaux Tinto 2020

A história do Château d'Issan consiste, antes de mais, numa longa lista de passagens de propriedade e de legados. Por herança e casamento, a propriedade foi transmitida de proprietário em proprietário, tendo todos eles contribuído, à sua maneira, para o seu renome e ajudado a forjar o seu carácter único. No século XII, a propriedade era um feudo com o nome, na altura, de La Mothe-Cantenac, antes de se tornar Théobon Manor, quando uma herdeira casou com um senhor com o mesmo nome.

Ao longo de quase três séculos, a propriedade foi transmitida ao longo de uma linha que envolveu várias famílias com nomes como Noailhan, Meyrac, Ségur, Salignac, de la Vergne, Escodeca de Boisse, etc. A partir de 1575, a propriedade foi propriedade de cinco gerações da família Essenault, que acabou por a rebatizar para Château d'Issan.

O Château d'Issan não precisou da famosa classificação de 1855, que o distinguiu como um 3º Grand Cru Classé, para estabelecer a sua reputação. Esta reputação já existia no século XII, quando foi servido no casamento de Eleanor da Aquitânia e Henri Plantagenet, futuro rei de Inglaterra, em 18 de maio de 1152.

Pertencente à família Foix de Candale, que foi obrigada a abandoná-lo durante a Revolução Francesa, o Château d'Issan teve proprietários que se empenharam cada vez mais em moldar o destino da propriedade. Em 1824, Jean-Baptiste Duluc tomou posse da propriedade e lançou uma série de projectos de melhoramento da vinha, antes de a vender à família Blanchy. Em 1866, Gustave Roy instala-se à frente do Château d'Issan: manda construir as primeiras caves alimentadas por gravidade e compromete-se, sobretudo, a replantar a vinha que tinha sido devastada pela filoxera.

Durante o período entre as duas guerras mundiais, a propriedade foi infelizmente deixada a deteriorar-se, mas foi reavivada pela família Cruse, proprietária desde 1945. Sob a direção de Lionel Cruse, o castelo foi restaurado, as instalações foram modificadas e a vinha foi replantada. Desde 1998, graças aos investimentos efetuados pelo filho de Lionel, Emmanuel Cruse, nas vinhas e nas caves, os vinhos do Château d'Issan tornaram-se ainda mais um reflexo fiel do seu terroir exclusivo.

Em 2012, Françoise e Jacky Lorenzetti, também proprietários do Château Lilian Ladouys em Saint-Estèphe e do Château Pédesclaux em Pauillac, juntaram-se à família Cruse. Com tenacidade, paixão e coragem, as diferentes gerações trabalharam para conseguir a renovação do Château d'Issan, que recuperou a sua antiga glória.

O terroir
O Château d'Issan situa-se no centro da denominação de Margaux, uma localização verdadeiramente privilegiada, o que explica a qualidade excecional dos seus vinhos. O clima ameno, regulado pela proximidade do mar e do estuário do Gironde, proporciona as condições ideais para o crescimento da vinha.

O solo é constituído por montes de cascalho e por colinas aluviais de 15 metros de altura, arredondadas pela erosão. Este solo é bem drenado, obrigando as vinhas a desenvolver sistemas radiculares profundos em busca dos ingredientes especiais que tornam os vinhos Château d'Issan tão distintos.

O vinho
O Château d'Issan é um 3º Grand Cru Classé da classificação imperial de 1855. O vinho provém das vinhas velhas do recinto do Château d'Issan, situado no coração da denominação de Margaux. O terroir é composto principalmente por cascalho à superfície e argila em profundidade, proporcionando uma maturação e uma frescura óptimas para as nossas três castas: Cabernet Franc, Malbec e Petit Verdot. Expressando o requintado bouquet típico da região de Margaux, distingue-se pela sua flexibilidade, finesse, elegância e longevidade específicas do seu terroir único. O Château d'Issan é envelhecido em barris durante 16 a 18 meses, 50% dos quais em madeira nova.

Fonte: Site Château d'Issan