Château Talbot Saint Julien Tinto 2020

Classificadas 4º Grand Cru Classé de Saint-Julien (Médoc), as vinhas do Château Talbot estendem-se por 110 hectares num único bloco, dentro da excecional denominação de Saint-Julien.
Idealmente situado nas margens do estuário do Gironde, no topo de colinas de cascalho aluvial transportado pelo rio Dordogne a partir do Maciço Central e dos Pirinéus pelo Garonne, o terroir do Château Talbot é excecional.

Do planalto de Saint-Julien, é possível avistar o Château Talbot ao longe, no meio de um oceano de vinhas, parques e árvores altas.

A propriedade tem uma história rica. O seu nome tem origem em Connétable Talbot, conde de Shrewsbury, governador da Guyenne e famoso comandante militar inglês, derrotado na batalha de Castillon em 1453.

Em 1855, aquando das classificações de crescimento Médoc e Graves ordenadas pelo imperador Napoleão III, o Château Talbot foi promovido a 4º Grand Cru Classé classificado de Saint-Julien. Durante várias décadas, pertenceu ao Marquês de Aux e foi comprado em 1918 por Désiré Cordier.

De 1918 até aos nossos dias
No início do século XX, Désiré Cordier confidenciou nas páginas de um dos seus cadernos, provavelmente o conselho mais precioso que um homem apaixonado pela terra e pela vinha pode dar aos seus filhos e às gerações futuras:

“Como simples viticultor apaixonado pelas suas vinhas, agrada-me transmitir os esforços empreendidos para obter estes vinhos essencialmente naturais e famosos, cuja perfeição e benefícios para a saúde são motivo de legítimo orgulho para todos nós. É um facto bem conhecido: para ser e continuar a ser proprietário de uma vinha bem conceituada, é preciso ser dotado de uma verdadeira aristocracia que se identifique com a vinha e o vinho. Para isso, tudo deve ser sacrificado, a começar pelos interesses privados (...). Para ser proprietário de um Grand Cru, é preciso, de alguma forma, estar apaixonado por ele”.

O seu filho Georges e depois o seu neto Jean sucederam-lhe na direção da propriedade. Sob a sua direção, Talbot tornou-se um dos mais famosos vinhos da região de Bordéus.

Após a morte de Jean Cordier, as suas filhas Lorraine e Nancy tomaram as rédeas de Talbot. Enriquecidas com a memória ainda viva do conhecimento e da experiência das gerações passadas que as precederam, Lorraine e Nancy trabalharam em conjunto para fazer justiça a este Grand Cru com todo o talento e respeito que ele merecia.

Atualmente, Nancy Bignon Cordier, o seu marido Jean-Paul, os seus filhos Philippine, Marguerite e Gustave Bignon prosseguem a história de Talbot; uma longa história que sempre uniu com paixão o destino de uma família ao de uma vinha.

Terroir e vinha
Plantadas num terroir de cascalho fino de Günzian sobre uma base de argila, formando colinas drenantes, encontramos uma maioria de vinhas tintas (105 hectares) e uma área reservada de vinhas brancas (5 hectares).

Os vinhos, supervisionados por Nancy Bignon-Cordier com os valiosos conselhos do enólogo Eric Boissenot, são generosos e muito elegantes. A sua textura aveludada e os seus taninos sedosos permitem-lhes ser apreciados tanto jovens como após um longo período de envelhecimento.

No tinto, o Cabernet Sauvignon domina, representando 70% da área plantada. Fornece estrutura tânica e potência. Com 26% de Merlot, os vinhos adquirem redondeza e suavidade.

Para aperfeiçoar esta alquimia de castas e de terroirs, o Petit Verdot (4%) entra em contacto, como as especiarias na cozinha. Ele é particularmente mimado em Talbot, onde Nancy Bignon-Cordier tem um fraco por este enfant terrible.

No branco, as variedades de uva são compostas por 80% de Sauvignon, que traz frescura e complexidade aromática, e 20% de Sémillon, pela sua riqueza e comprimento.

A adega
A cave monumental tem capacidade para 1800 barris, onde os vinhos estagiam durante 16 meses a uma temperatura de 17ºC. A escolha dos tanoeiros, a duração do envelhecimento e o ritmo das trasfegas variam em função do estilo e da evolução dos diferentes lotes.

Fonte: Site Château Talbot